Faça aqui uma busca do que você quer

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Desafios


DESAFIOS

 

- Desafios à igreja de Cristo e ao Cristão -

 

01. A palavra desafio tem como significado provocação a alguma ação.

02. Conta-se que...

 

... numa floresta vivia ao lado de outros animais, um passarinho muito estimado por todos. Certo dia, irrompeu terrível incêndio na floresta. O fogo atacava tudo. Os animais que ali habitavam estavam apavorados e aflitos. Porém, que poderiam fazer para impedir o trágico fim da bela floresta? O passarinho ficou ansioso por fazer algo, mas todos os demais bichos da floresta nada faziam, apenas assistiam de longe, a destruição. Logo, o passarinho viu as águas do rio que não ficava muito longe. Voou apressado, entrou na água, molhando bem as asas, até que ficassem bem entanguidas; depois voou sobre o incêndio, sacudindo as gotas sobre o fogaréu. Um coelho que observava, disse zombando: “Que tolice. Pensas que com esses pingos d’água podes apagar o fogo?” O passarinho replicou: “Certamente meu trabalho é insuficiente, mas se vocês que estão aí parados, começassem a agir, talvez pudéssemos apagar o fogo”.[1]

 

03. O chamado do passarinho para que os demais ajudassem foi um desafio – e é uma boa ilustração de como deve a sociedade em geral, incluindo a igreja, proceder com respeito a seus problemas.

04. Qualquer coisa que lhe provoque, chamando-o a uma tomada de atitude, uma ação, é um desafio.

05. Nesse sentido, a vida cristã está repleta de desafios.

06. Todos que somos crentes hoje o somos porque em algum ponto do passado atendemos ao desafio de tomar a atitude de arrependermo-nos de nossos pecados e depositar nossa fé em Jesus, entregando-lhe a vida. Fomos desafiados através de um parente, ou um amigo, ou um folheto, ou através da leitura da Bíblia, ou através de uma pregação... (alguém gostaria de dar seu testemunho de conversão?) E depois que atendemos a esse primeiro desafio, muitos outros se nos apresentaram, se nos têm apresentado e se nos apresentarão ainda.

07. Pensemos nessa manhã em três importantes desafios que temos que encarar como igreja, mas também como crentes individuais.

 

I. O Desafio de nos Conduzirmos de maneira Coerente com a Vida Cristã

 

01. Em 1 João 2.6 lemos: “Aquele que diz que está nele também deve andar como ele andou.”

02. Em Tito 1:16 lemos sobre determinado grupo de pessoas: “Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, e desobedientes, e reprovados para toda boa obra”. Esses não são os fiéis, e sim os infiéis.

03. Em Ezequiel 33:31 Deus fala, reprovando Seu povo: “E eles vêm a ti, como o povo costuma vir, e se assentam diante de ti como meu povo, e ouvem as tuas palavras, mas não as põem por obra; pois lisonjeiam com a sua boca, mas o seu coração segue a sua avareza”.

04. Amados, depois que aceitamos a Jesus pela fé, requer-se de nós uma vida de acordo com os padrões do evangelho, uma conduta excelente diante de Deus e dos homens.

05. Segundo um determinado pastor, de nome Gorgônio Barbosa Alves, escreveu em 1992 para a revista Fé e Ação, da JUERP, existem 4 razões para isso:

a.    É ordem emanada de Deus, conforme o registro de todas as Escrituras;

b.    É exigência do mundo que nos observa. Ele cobra de nós uma conduta pura, santa e reta e ainda valoriza o evangelho pela medida do nosso comportamento;

c.    A boa conduta deve ser também exigência da igreja à qual pertencemos;

d.    É um imperativo de nossa própria consciência. O verdadeiro cristão não se sente bem no seu mundo interior, se não anda pelos caminhos traçados pelos padrões de Deus.

 

II. O Desafio de Sermos Perseverantes na Fé e nas Coisas que Dizem Respeito à Nossa Fé.

 

01. Ser perseverante significa permanecer em um estado, atividade, pensamento... mesmo havendo dificuldades, oposição...

02. Conta-se de Wycliffe que ele...

 

... trabalhou duro para dar para ao mundo uma tradução inglesa da Bíblia. Ele quis uma Bíblia que qualquer um pudesse ler, não só os padres. Foi declarado um bandido e um herege por causa dos seus esforços. Os seus inimigos não fizeram nenhum segredo do fato que buscavam a sua vida, e Wycliffe teve que terminar o seu trabalho se escondendo. Quando terminou, não havia como imprimir, assim cada cópia teve que ser feita à mão. Era um projeto lento e caro. Então, em menos de dois anos depois, a primeira cópia foi completa, e Wycliffe morreu. Anos depois ele continuava sendo odiado e seus inimigos desenterraram os seus ossos, e os queimaram, suas cinzas foram espalhadas no Rio de Thames. Hoje, nós somos os ceifeiros da colheita de Wycliffe. Nós temos a Bíblia em nossas mãos porque ele não desistiu em diante da oposição e do desânimo...[2]

 

03. O seguinte dizer é atribuído a um homem chamado Bertold Brecht:

 

Há homens que lutam por um dia e são bons. Há outros que lutam por um ano e são melhores. Há outros, ainda, que lutam por muitos anos e são muito bons. Há, porém, os que lutam por toda a vida, estes são os imprescindíveis.[3]

 

04. Nós os crentes somos desafiados a sermos perseverantes em nossa carreira cristã.

a.    Hebreus 12:1 diz: “Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta”.

b.    Em 1 Coríntios 16:13 Paulo orienta os crentes: “Vigiai, estai firmes na fé...”.

c.    Em 2 Coríntios 13:5, fazendo uma repreensão, Paulo diz: “Examinai-vos a vós mesmos se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos...”.

d.    Em Romanos 12.12 e Colossenses 4.2 encontramos que devemos ser perseverantes na oração: Romanos 12:12: “alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração” / Colossenses 4:2: “Perseverai em oração, velando nela com ação de graças”

e.    2 João 1:9  fala sobre perseverar na doutrina de Cristo: “Todo aquele que prevarica e não persevera na doutrina de Cristo não tem a Deus; quem persevera na doutrina de Cristo, esse tem tanto o Pai como o Filho”.

f.      E Atos 2:42 diz sobre os primeiros cristãos, aprovando essa atitude, tomando-a como positiva, que eles “perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações”.

g.    E para perseverar na doutrina de Cristo e dos apóstolos é preciso tomar conhecimento dela de alguma maneira. Depreende-se daí, portanto, que é necessário ser perseverante também no estudo da Palavra.

h.    Além disso o texto diz que eles perseveravam na comunhão, isto é, eles estavam sempre juntos, reunidos como igreja. Hebreus 10:25 também fala sobre isso em forma de repreensão. Vejamos em três versões:

 

“... não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns; antes, admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais quanto vedes que se vai aproximando aquele Dia” (RC)

 

“Não abandonemos, como alguns estão fazendo, o costume de assistir às nossas reuniões. Pelo contrário, animemos uns aos outros e ainda mais agora que vocês vêem que o dia está chegando”. (NTLH)

 

“Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas procuremos encorajar-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês vêem que se aproxima o Dia” (NVI)

 

05. Vemos então, irmãos, que devemos ser perseverantes na fé, mas também nas coisas que dizem respeito à fé: oração, estudo da Palavra, participação nas reuniões da igreja, e outros.

 

III. O Desafio de Sermos Agentes de Deus na Comunicação das Boas Novas da Salvação em Cristo Jesus.

 

01. Anunciar o evangelho, as boas-novas da salvação possível em Cristo Jesus, é um imperativo claríssimo na Palavra de Deus.

02. Veja 2 Coríntios 5.18-20: “E tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamos-vos, pois, da parte de Cristo que vos reconcilieis com Deus.” (2 Coríntios 5:18-20 RC)

03. Nesse texto Paulo estava falando dele mesmo em sua função de apóstolo, mas essa palavra é também aplicável a toda a igreja, ou a todos os crentes. Vejamos o que temos aqui:

a.    Deus nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo – Isso significa, falando de maneira bem simples que Deus fez o que não podíamos, por falta de recursos, fazer, isto é, Ele removeu as causas da separação entre nós e Ele. Só Deus podia fazer isso, e Ele fez. Não fosse isso nosso destino seria inevitavelmente o inferno.

b.    Deus nos deu, a nós que já fomos reconciliados, e dará a tantos quantos o forem, a alguns de forma especial, a outros não, mas a todos, o ministério da reconciliação, isto é, a responsabilidade de tornar conhecida de outros a possibilidade da salvação em Cristo Jesus. Em outras palavras, todos recebemos de Deus a responsabilidade de desenvolver o serviço evangelístico.

c.    Assim, somos embaixadores da parte de Cristo, isto é, somos representantes por intermédio de quem Cristo roga, exorta, conclama, apela, encoraja, convida, as pessoas que ainda não o fizeram a se reconciliarem com Deus.

04. Vou ficar só com esse, mas há muitos textos, os quais, pelo menos a maior parte, se não a todos, os irmãos conhecem bem, que nos mostram que anunciar o evangelho é um imperativo de Deus para nós.

 

Conclusão

 

01. Vimos então, amados, três desafios para nós:

a.    O desafio de nos conduzirmos de maneira coerente com a vida cristã;

b.    O desafio de sermos perseverantes na fé e nas coisas que dizem respeito à nossa Fé;

c.    E o desafio de sermos agentes de Deus na comunicação das boas novas da salvação em Cristo Jesus.

02. Na verdade, são mais que desafios, são imperativos de Deus para nós. Deus não simplesmente nos propõe essas formas de agir, Ele no-las ordena. E, sendo assim, vamos colocá-las em prática urgentemente, ou, se já somos praticantes, continuarmos como tais, aperfeiçoando-nos dia a dia.

 

Pr. Walmir Vigo Gonçalves



[1] E-book de Sermões e Ilustrações, desenvolvido por: Pr. Walter Pacheco

[2] Ibid.

[3] Ibid.

Nenhum comentário:

Postar um comentário