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terça-feira, 11 de setembro de 2012

II PEDRO – Parte 3/4 – Os Falsos Mestres


OS FALSOS MESTRES (2:1-22).

1. Todo o capítulo 2 dessa carta trata de um só assunto: os falsos mestres, ou falsos instrutores.

2. Lembremos que Pedro, no 1º Capítulo, falou sobre o verdadeiro conhecimento em contraste com os falsos ensinamentos dos hereges. Ao falar, da maneira como fala, no capítulo 2, sobre falsos mestres, ele está também alertando quanto ao perigo de se seguir a falsos ensinamentos.

3. Eu quero dividir este capítulo em três partes, para estarmos melhor estudando-o.

I. Sempre Houve os Falsos Mestres, e Sempre os Haverá – 2:1

1. Pedro termina o primeiro capítulo falando sobre a profecia. Ele diz que esta “nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo”.

2. Ao iniciar o segundo capítulo, ele diz, porém, que houve falsos profetas, homens que se diziam verdadeiros porta-vozes de Deus, quando, na verdade, não o eram. Estes não deixaram de ser identificados como tais, pois suas mensagens acabaram por provar sua falsidade. Houve numerosos falsos profetas. Basta uma lida superficial em alguns livros do Antigo Testamento para comprovarmos isso.

3. Tendo lembrado isso aos seus leitores, Pedro enfatiza que, assim como houve os falsos profetas, haveria também os falsos doutores entre eles, filhos espirituais dos falsos profetas. É certo que Pedro tinha em mente os hereges gnósticos quando escreveu sobre isso, e os leitores de Pedro estavam sendo alertados para que tomassem cuidado com eles, pois o trabalho deles era:

a. Introduzir heresias de perdição – Os hereges gnósticos se ocupavam em fazer isso, e o faziam astutamente. Eles entravam na comunidade dos crentes, firmavam o pé, e só depois começavam a manifestar sua posição. Eles eram “maliciosos”. Os seus ensinos foram denominados por Pedro como sendo heresias de perdição (ou heresias destruidoras), porque elas destruíam tanto a verdadeira doutrina no coração dos que eram engodados por elas, quanto o seu caráter.

b. Negar o Senhor que os resgatou – Essa era outra ocupação dos hereges gnósticos. Como vimos um pouco mais atrás, eles negavam a soberania de Cristo, como ela é afirmada pelas Escrituras, e o reduziam a uma “emanação” da divindade (uma das menores ainda). Cristo para eles era apenas um “senhorzinho” dentre muitos senhores.

4. Devido a isto, diz Pedro, eles estavam trazendo sobre si mesmos repentina perdição. Eles imaginavam que o seu sistema filosófico-religioso, por eles mesmos criado, os levaria à salvação. Mas Pedro diz que o que os aguardava era uma repentina perdição. O destino deles era o inferno, e não o céu.

5. Esses falsos mestres sempre existiram, e sempre existirão. Hoje em dia temos muitos espalhados por aí. Há alguns, conhecidos popularmente como Mórmons, que ensinam, dentre muitos assuntos, sobre Jesus.[1]:

a. Que ele é um ser criado, irmão de Lúcifer;

b. Que ele é um dentre muitos deuses, e de menor importância;

c. Que a sua concepção se deu através de um ato sexual físico entre o Pai e Maria;

d. Que ele era polígamo

6. Nós temos que estar alertas, pois, como os gnósticos da época de Pedro, os hereges de hoje, são sutis, e têm conseguido enganar a muitos.

7. Eles existem aos milhares, como sempre existiram e sempre (enquanto Cristo não voltar) existirão, e, muitas das vezes, como enfatiza Pedro, eles estarão “entre vós”.

8. Como você reagiria se ouvisse alguém dizendo as seguintes palavras:

“Quando você diz: “Eu sou cristão”, está dizendo “Sou Messias”, em Hebraico. Em outras palavras, sou um pequeno Messias andando pela terra... Ora, você é um pequeno deus andando pela terra!”[2]

9. Você ficaria chocado?

10. E se alguém lhe dissesse que Jesus tornou-se possuidor da natureza de Satanás? Pois alguém disse. Esse alguém disse assim:

“Jesus Cristo sabia que a única maneira de derrotar Satanás era tomar a natureza deste, para que todos os que têm a natureza de Satanás pudessem compartilhar da natureza divina”[3]

11. Você sabe quem disse, dentre muitas outras, estas coisas que citei? Não sabe? É possível que alguns de vocês o leiam! E é possível que aqueles que o lêem até venham me dizer, depois de eu falar o nome, que nunca perceberam nada, ou que até estranharam alguma coisa, mas não ousaram desconfiar. Pois o nome dele é Benny Hinn.

12. E se alguém, para defender a tese de que as palavras que dizemos têm poder para trazer bênção ou maldição sobre nós, lhe disse o seguinte (preste bem atenção):

“Fiquei chocado ao descobrir quem é realmente o maior fracasso na Bíblia... O maior fracasso é Deus. Quero dizer: Ele perdeu a sua primazia com o anjo mais elevado; com 1/3 dos anjos; com o primeiro homem por Ele criado; na terra inteira e tudo que nela existe... Isso  é perder demais, gente! Pois, a razão de não sabermos que Deus é um fracasso é que Ele nunca falou isso. Ninguém é um fracasso até que diga que o é.”[4]

13. Pois foi outro famoso, Kenneth Copeland, “colega” de Benny Hinn, quem disse isso.

14. E mais próximo de nós, no Brasil, entre alguns “famosos”, a mania agora é descrer da Onisciência de Deus. Explicam que Deus sabe tudo sobre o passado e o presente, mas não sabe o futuro – Isso é chamado de “Teologia Aberta” ou “Teologia Relacional”. Veja o que alguém disse acerca do tsunami no Japão:

“Deus sofreu muito com a tragédia e certamente não a havia determinado ou previsto; ele simplesmente não pôde evitá-la, pois Deus não conhece o futuro, não controla ou guia a história, e não tem poder para fazer aquilo que gostaria.”[5]

15. Vejam abaixo parte de um texto que recebi, enquanto trabalhava nesse estudo (14/06/2011 – para a Igreja Batista no Parque Imperatriz – Foz do Iguaçu), de alguém que participa de um grupo evangélico virtual do qual eu também participo (ALFATEO). O texto todo é recheado de “coisas estranhas”, mas eu vou colocar aqui apenas um pequeno trecho. Em uma parte o autor diz que estava pensando em determinado tema encontrado na Bíblia e, em suas palavras: “Uma luz (insight insight isto é, um “poder de discernimento e compreensão das coisas; um conhecimento intuitivo repentino para a solução de um problema”) se acendeu dentro de mim, quando me veio ao espírito uma idéia...”. E depois, mais adiante, fazendo parte de sua “idéia”, ele diz:

Esse novo modo de me aproximar, com ARREPENDIMENTO e FÉ, da CRUZ DE CRISTO, me faz entender que é Deus quem pede PERDÃO, primeiramente. É Deus quem PEDE, humildemente, licença para entrar em minha vida (Ap 3:20). Faz-me entender plenamente porque que é que é Deus-Trino quem toma a iniciativa de PEDIR minha vida, de me revelar que é Ele, primeiramente, que PRECISA DE MIM, que precisa que eu O perdoe no pedido de perdão Dele feito na Cruz, para que eu conheça seu pleno Amor e receba Seu pleno Perdão. [6]

16. Em outro texto o sujeito diz:

É o momento em que ajudamos as pessoas na escalada do monte Gólgota (Caveira), para um encontro com o CRISTO CRUCIFICADO. Acontecem escorregões e desistências, mas, retomamos a subida até o alto do Calvário, quando as pessoas, tão feridas e revoltadas, conseguem escutar o CORDEIRO Jesus dizer: “EU ESTOU AQUI MORRENDO PARA LHE DIZER QUE MEU PAI NÃO QUERIA NENHUM DESSES SOFRIMENTOS PARA SEUS PAIS E PARA VOCÊ. HOUVE UMA FALHA INICIAL DO LADO HUMANO DO PAI, FALHA QUE ESTAMOS REPARANDO AQUI NA CRUZ. ACEITE NOSSO ARREPENDIMENTO E PEDIDO DE DESCULPAS, PARA FAZER AS PAZES COM DEUS-PAI, COM SEUS PAIS/AVÓS E CONSIGO MESMA”.[7]

17. Isso é só “a ponta do iceberg”. Há, e daqui pra frente veremos e ouviremos muita coisa estranha à Palavra de Deus ainda.

18. Precisamos ser sóbrios e vigiar.

19. Passemos ao segundo ponto.

II. Os Falsos Mestres Sempre Foram e Sempre Serão Seguidos por Muitos – 2:2

1. Pedro diz, no v. 2, que muitos haveriam de seguir as dissoluções daqueles falsos mestres, e, em consequência disto, o caminho da verdade seria blasfemado.

2. Champlin faz o seguinte comentário:

“Os próprios mestres falsos haveriam de difamar a ética cristã e sua doutrina de santidade. Mas os de fora, contemplando a igreja a conduzir-se como um bordel, e seus “líderes” agindo como se fossem os gerentes do mesmo, haveriam de zombar do caminho cristão, e com razão”[8]

3. E assim foi. Os falsos mestres apareceram e, deturpando as Escrituras, pervertendo as doutrinas, usando os próprios escritos apostólicos (torcendo-os, é claro, como vemos em 3:16), enganaram a muitos, que passaram a viver em práticas libertinas. Os falsos mestres deturparam o ensinamento da liberdade em Cristo, fazendo as pessoas entenderem-no como sendo liberdade da obrigação de viver retamente”.[9]

4. Ecumênio descreveu os Nicolaítas e os gnósticos como “extremamente profanos em suas doutrinas e conduta”. Clemente de Alexandria fala acerca das “vidas despudoradas” dos falsos mestres, o que trazia infâmia contra o bom nome do cristianismo.[10]

5. Esses falsos mestres eram gananciosos, e fariam de seus seguidores negócio lucrativo. Eles “vomitariam” algumas palavras fingidas, em busca de lucro financeiro. Eles eram comerciantes, e não profetas.

6. Hoje em dia os falsos profetas também são seguidos por muitos. E, como no passado, muitos são considerados pelo povo em geral como sendo cristãos (ou evangélicos), e, dessa forma, o caminho da verdade também tem sido blasfemado nos dias atuais. Isso sem falar nos “evangélicos nominais”, que não seguem conscientemente falsos mestres, mas também não seguem a Cristo verdadeiramente. Estes também têm ajudado a refletir a igreja como sendo uma espécie de bordel, para alguns. Graças a Deus porque contra a Igreja verdadeira, as portas do inferno, ainda que coloquem alguns empecilhos, não podem prevalecer.

7. Como no passado, também hoje há os mercenários.

a. Há de tudo o que você possa imaginar.

b. Há verdadeiros e descarados enganadores.

c. Li sobre um que era poderoso em receber revelações sobre as pessoas para quem ele pregava. Só que ele não era um verdadeiro servo de Deus, era um farsante. Para sua infelicidade, um dia alguém descobriu que as revelações que ele tinha não vinham de Deus, e sim de sua esposa, que, astutamente, andava em meio ao povo e sondava alguns, para depois passar-lhe as informações através de um comunicador como esses dos programas de TV, que se coloca no ouvido.

8. Há igrejas que são tidas pelo povão como sendo evangélicas, e que aceitam as práticas homossexuais e realizam cerimônias de casamento entre homossexuais. São “evangélicos” para o povo em geral.

9. Há, entre os evangélicos, quem venda o seu corpo para revistas pornográficas, e diz que é um “nu artístico”, e que o corpo é um produto que pode ser usado como se quiser, e que Deus quer é o nosso espírito.

10. Fala a verdade! Que impressão de igreja evangélica você teria, se você não fosse evangélico e não conhecesse os fatos como eles verdadeiramente são; se você fosse uma pessoa “de fora da igreja” e visse a igreja dessa maneira?

11. O que precisam fazer aqueles que querem permanecer fiéis aos verdadeiros ensinamentos bíblicos?

a. Devem tomar cuidado! Muito cuidado! Cuidado com a busca por “novidades”!

b. Não se descuide de progredir no conhecimento da verdade.

c. Não se descuide da vigilância em oração.

d. Esteja bem firmado, arraigado na verdade!

12. Passemos adiante:

III. A Perdição Destes já Está Decretada Por Deus – 2:3-22

1. Pedro é claro em afirmar, a partir do versículo 3, que a perdição destes falsos profetas está prestes a se abater sobre eles, e será inevitável.

2. Ele ilustra isso com alguns exemplos.

a. O primeiro exemplo é o dos anjos que pecaram.

i. Essa questão dos anjos que pecaram é uma questão mais complexa do que a nossa mente comum pode imaginar. Mas, não precisamos, aqui, entrar em detalhes minuciosos. A Bíblia deixa claro que houve anjos que pecaram e que caíram de seu estado de pureza. Pedro e Judas são idênticos ao falar sobre isso, e também há muitos outros textos que falam sobre demônios, principados, potestades, príncipes das trevas, hostes espirituais da maldade, e no próprio satanás como sendo anjos caídos.

ii. O interessante neste exemplo de Pedro, é que ele fala sobre anjos que caíram, e que não estão soltos, mas estão confinados, reservados para o dia do juízo. Apocalipse 9:14 e 15 também fala sobre anjos que estão presos junto ao grande rio Eufrates, e que serão soltos na hora, dia, mês e ano determinados por Deus, para matarem a terça parte dos homens. Pedro diz que estes estão condenados, reservados para o dia do juízo, e, da mesma maneira, hereges, como os gnósticos, também.

b. O segundo exemplo de Pedro é o mundo anterior ao dilúvio, o mundo da época de Noé.

i. É outra ilustração fortíssima da qual Pedro se utiliza, pois mostra a severidade do juízo divino. Se naquela época apenas oito pessoas escaparam, como poderiam os gnósticos, hereges como eram, bem como todos os falsos profetas e os que seguem seus ensinamentos profanos, escapar?

ii. Os pregadores e seguidores do verdadeiro evangelho de Cristo dão sequencia à tradição de Noé, pregoeiro da justiça; mas os gnósticos, bem como todos os falsos profetas e seus seguidores, dão seqüência à tradição daqueles que pereceram no dilúvio. Uns serão salvos, e outros, inevitavelmente, perdidos.[11]

c. O terceiro exemplo é o das cidades Sodoma e Gomorra, conhecidas por sua depravação moral.

i. Se elas, por causa de sua depravação moral, foram reduzidas a cinzas, “por que pensaríamos que os praticantes dos mesmos vícios, em qualquer época, poderiam escapar ao julgamento divino?”[12]

3. Homrighausen comenta:

“Sem importar o que os homens pensem sobres esses castigos que sobrevieram aos homens e aos anjos no passado, Pedro está estabelecendo uma eterna verdade: a vida falsa, produzida por ensinamentos falsos, termina em sofrimento e desastre... A sensualidade foi o espírito falso nos residentes de Sodoma e Gomorra. Vivendo em um vale luxuriante, que os supria de tudo quanto era bom, desviaram-se pela força dos apetites. Ezequiel diz acerca deles: “Eis que esta foi a iniquidade de Sodoma, tua irmã: soberba, fartura de pão e próspera tranqüilidade teve ela e suas filhas...”(Ez.16:49). O fim foi o mesmo em cada caso. O que os anjos e os homens semeiam, isso também colhem.”[13]

4. Nos casos do dilúvio e de Sodoma e Gomorra, algumas pessoas foram salvas: Noé e sua família e Ló e suas duas filhas. O versículo 9 explica bem o porquê desse fato. O Senhor sabe quem são uns e outros, os justos e os injustos, e, na Sua sabedoria, Ele pode, ao mesmo tempo, trazer o juízo sobre uns e livrar outros.

5. Assim o Senhor também vai fazer no juízo final: livrar os justos e condenar os injustos. Ele sabe quem são uns e outros. Ele vai julgar os falsos mestres e seus seguidores, e livrar os verdadeiros crentes.

“Os justos podem ser vexados pelo mal, e perturbados ante a demora do castigo; podem ser tentados a se desviarem de seu próprio curso, pois o mal parece continuar florescendo, ao passo que o bem não é galardoado. Pedro, porém, assegura-nos que haverá uma justa e final prestação de contas. Embora os moinhos de Deus moam lentamente, eles moem excessivamente fino”[14]

6. A partir do v. 10 até o 19, Pedro faz um longo e pesado comentário sobre os gnósticos e seus seguidores. Mas esse comentário encaixa-se perfeitamente em muitos dos dias atuais. Vejamos por partes:

a. Andavam em concupiscências de imundícia;

b. Desprezavam as dominações – O próprio Cristo era desprezado por eles;

c. Atrevidos – Eles eram audaciosos, e não hesitavam em desafiar nem ao próprio Deus com as suas atitudes;

d. Obstinados – teimosos em continuar no erro, especialmente no erro da arrogância e do egoísmo;

e. Não receavam blasfemar das dignidades – Pedro podia estar se referindo tanto a líderes eclesiásticos quanto a anjos. Os falsos mestres não tinham, e não têm, respeito por eles, enquanto que os anjos, mesmo sendo maiores em força e poder, não ousavam pronunciar juízo contra eles diante de Deus;

f. Eram como animais irracionais que seguem a natureza;

g. Assim como os animais são caçados e mortos, eles o serão também, recebendo assim o galardão da injustiça;

h. Eram nódoas – Coisa que suja e contamina;

i. Eram máculas – “momos”, no original, dando a entender um defeito corporal que deforma o corpo. Assim eram eles no corpo de Cristo que é a Igreja. Eles estavam na Igreja, mas não faziam parte dela. Era como se fossem uma excrescência, um tumor.

j. Tinham os olhos cheios de adultério;

k. Não cessavam de pecar;

l. Engodavam as almas inconstantes, aquelas almas instáveis, atraídas pela novidade;

m. Tinham o coração exercitado na avareza;

n. Eram filhos de maldição;

o. Eram seguidores de Balaão, que, por amar o prêmio da injustiça, ensinou a Balaque como fazer o povo Israelita se corromper;

p. Eram fontes sem água – De que valia lá onde Pedro morava, uma região desértica, uma fonte sem água?

q. Eram como nuvens que são levadas embora pela força do vento, e não derramam a chuva esperada;

r. Pessoas para as quais a escuridão das trevas eternamente se reserva;

s. Prometiam liberdade, quando eles mesmos eram servos da corrupção.

7. Nos versículos 20 a 22 temos uma afirmação que tem sido polemizada por muitos. Muitos veem aqui a possibilidade de que alguém que foi realmente salvo possa perder sua salvação. Mas, será isso possível? Será que aquelas pessoas realmente haviam sido salvas e se perderam? Se sim, como entender as palavras de Jesus em João 10:27-29?

8. Vejamos o comentário de Ray Summers sobre os versículos em questão:

“Essa é uma cláusula concessiva, em que, pelo amor do argumento, a ação é presumida como real... Presumindo, por amor ao argumento, que eles (os falsos mestres) haviam escapado da poluição do mundo, qual é o seu estado presente? É pior do que o anterior. Eles demonstraram a sua verdadeira natureza. É a natureza de um cão que vomita o que o tornou doente e depois volta a comer a mesma coisa. É a natureza de uma porca que, tendo sido lavada, volta à sujeira. O cão, na verdade, não estava “curado” por ter vomitado (e ainda continuava sendo um cão). A porca não estava verdadeiramente “limpa” só por ter sido lavada (e ainda continuava sendo uma porca). As suas naturezas de cão e de porca ainda estavam presentes. Esses falsos mestres haviam ouvido a mensagem cristã. Haviam vivido algum tempo segundo os seus padrões elevados. Mas a sua transformação não havia sido suficientemente radical para induzir a uma continuação desse modo de vida. Pelo exemplo de dois animais que eram nojentos para a mente hebraica, Pedro concluiu que esses mestres haviam simplesmente demonstrado a sua verdadeira natureza como doentia (o provérbio do cão) e suja (o provérbio da porca). Eram mestres que deviam ser evitados, e não seguidos.”[15]

9. Os falsos mestres sempre existiram, e sempre existirão. Eles sempre foram e sempre serão seguidos por muitos, mas o fim deles e de seus seguidores, se Deus não tiver misericórdia reservada para eles, é a perdição. Tome cuidado com eles, pois muitas vezes eles vêm trajados de ovelhas, mas são lobos devoradores.


[1] WELDON, John, e ANKERBERG, John – “Os Fatos Sobre os Mórmons”. Traduzido por Neyd Siqueira. Porto Alegre – RS., Obra Missionária Chamada da Meia-Noite, 1998. 103p.

[2] http://ibb.nbrasil.net/index.php?option=com_content&view=article&id=970:benny-hinn-e-sua-gangue&catid=59:varios&Itemid=154

[3] Ibid

[4] Ibid

[5] http://www.monergismo.com/textos/presciencia/augustus_teologia_relacional.htm

[6] Roberto Coelho em texto enviado para ALFATEO em Junho de 2011 (os grifos são meus)

[7] Ibid

[8] CHAMPLIN, R. N. – “O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo” – Vol. 6: Tiago – Apocalipse. 10ª reimpressão, São Paulo, Editora Candeia, 1998. Comentário extraído da p. 192.

[9] SUMMERS, Ray – em “Comentário Bíblico Broadman” – Vol.12 - Novo Testamento. Editor Geral: Clifton J. Allen. Tradução de Adiel Almeida de Oliveira. 3ª ed. Rio de Janeiro, JUERP, 1990.

[10] CHAMPLIN, R. N. – “O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo” – Vol. 6: Tiago – Apocalipse. 10ª reimpressão, São Paulo, Editora Candeia, 1998.

[11] Ibid., p. 198.

[12] Ibid., p. 195.

[13] HOMRIGHAUSEN, citado por R. N. Champlin, em “O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo”, vol. 6, 10ª reimpressão, São Paulo, Editora Candeia, 1998. P. 195.

[14] Ibid., p. 196.

[15] SUMMERS, Ray, em “Comentário Bíblico Broadman” : Vol. 12, Novo Testamento. Editor Geral: Clifton J. Allen. Tradução de Adiel Almeida de Oliveira. 3ª ed. Rio de Janeiro, JUERP, 1990 – p. 216 e 217.

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