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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

A CURA DOS DEZ LEPROSOS.


A CURA DOS DEZ LEPROSOS.

 

Lucas 17:11-19

 

1.    Jesus estava indo para Jerusalém, e passou pelo meio de Samaria e Galiléia;

2.    Entrou em certa aldeia, um pequeno povoado, um pequeno ajuntamento de casas que, geralmente, era construído perto de uma cidade com muralha, onde seus moradores podiam se abrigar em tempos de guerra;

3.    Nesta aldeia havia dez homens leprosos, que lhe saíram ao encontro, clamando por misericórdia.

4.    A lepra, todos sabemos, é uma terrível doença que provoca tumores e manchas e, também, faz com que a parte do corpo afetada perca a sensibilidade, podendo a pessoa ser ferida gravemente nessas partes, sem ao menos perceber. No passado, outras doenças de pele, que hoje têm outros nomes, eram também consideradas como lepra. Tão terrível era a doença, que os leprosos eram forçados a morar longe de outras pessoas, e, quando se aproximavam delas, deviam gritar: “imundo, imundo!”. Foi por isso que esses homens que saíram ao encontro de Jesus pararam e clamaram de longe;

5.    Jesus, vendo-os, disse-lhes para irem se mostrar aos Sacerdotes. Jesus disse isso, porque “exigia-se, entre os judeus, que quem fosse curado da lepra deveria receber de um Sacerdote uma espécie de atestado de saúde, como condição para se reintegrar à comunidade”;

6.    Eles foram, e, enquanto iam, ficaram curados da lepra. Um deles, ao, perceber que fora curado, voltou glorificando a Deus “em voz alta”. Ele prostrou-se aos pés de Jesus, e, com o rosto em terra, dava-lhe graças. Este era justamente um samaritano, fato esse que Jesus destacou;

7.    Jesus lhe disse: “Levanta-te e vai; a tua fé te salvou”.

8.    Dessa narrativa gostaria de fazer três considerações:

 

I. A primeira delas é que Jesus considera importante qualquer pessoa.

 

1.    Pra Jesus não faz diferença a situação social da pessoa; se ela é rica ou pobre; se ela está doente ou em perfeito estado de saúde; se ela é intelectual ou sequer sabe ler; etc. Cada pessoa é importante para ele. Ele estava indo para Jerusalém, o caminho não era fácil, mas se deteve em uma aldeia por causa de dez leprosos, sendo que um, ainda, era samaritano. Mas para Jesus isso não era relevante; ele se importava com aquelas pessoas.

2.    Vejamos alguns outros exemplos:

a.    Jesus amava o Jovem Rico – Mc. 10:21

b.    Quando o cego Bartimeu chamou a Jesus, muitas pessoas falaram para ele se calar, pensando que Jesus não estivesse interessado num homem pobre e cego. Todavia, Jesus o curou. – Mc. 10:47-52

c.    Os discípulos pensaram que Jesus não fosse se importar com as crianças, porém Jesus as abraçou e as abençoou – Mc. 10:13-16

d.    Todos que viram Jesus ir à casa de Zaqueu, um homem rico e corrupto, manifestavam o seu espanto e resmungavam: “Este homem vai se hospedar na casa de um pecador!?”

3.    Jesus considerava importante todas as pessoas.

4.    Mas, e nós, seus servos, também agimos assim? Damos importância às pessoas, especialmente aos nossos irmãos em Cristo, ou as vemos com maus olhos, e até com desprezo?

5.    O Pr. Jackson Day, em uma palestra na PIB Foz, contou como um de seus alunos deu uma interpretação ao texto de Marcos 8:22-26, que relata como Jesus curou um cego na cidade de Betsaida (veja o texto). O aluno do Pr. Jackson, muito sabiamente disse: “A obra de Deus ainda não está completa em nós, quando vemos as pessoas como meros objetos”.

 

II. A segunda consideração é que no coração de muita gente a gratidão é algo que não tem lugar.

 

1.    Só um voltou para agradecer.

2.    Em toda a história da humanidade, incluindo o povo de Deus, tem sido assim. Há muitos corações gratos, mas há muitos mais que são ingratos, mesmo Deus concedendo-lhes grandes bênçãos.

3.    Israel, por exemplo, em várias ocasiões, mais murmurava, reclamava, do que agradecia a Deus pelos grandes feitos.

4.    Ilustração: Uma mãe e uma filha de 4 anos passeavam pelo mercado, uma feira livre, quando deram com uma barraca onde havia uma montanha de laranjas. A menina ficou olhando admirada e o vendedor bondosamente pegou uma daquelas laranjas e deu-a à menina. Como a menina nada falou, a mãe lhe incentivou: - Como é que se fala? – E a menina então estende a laranja para o vendedor e diz: - Descasca!

5.    É uma história engraçada, mas reflete bem o que vai pelo coração de muita gente...

 

III. Finalmente, a terceira consideração que podemos faze é que quem busca a Jesus apenas por interesses físicos ou materiais, pode ser que nunca consiga o mais importante: as bênçãos espirituais.

 

1.    Os nove leprosos ingratos alcançaram uma grande bênção, mas deixaram de receber uma muito maior.

2.    Ainda hoje há muitas pessoas que só buscam a Jesus para a satisfação de interesses puramente humanos. Querem cura, emprego, coisas materiais, mas não querem compromisso com Cristo e sua Palavra.

3.    Até mesmo muitos crentes de verdade caem no erro de só quererem receber de Cristo, e perdem a maior bênção: a bênção de dar-se a ele por completo. A maior bênção que existe é poder andar com Deus, ouvir-lhe a voz, ser conduzido por Ele, mas, como sempre, apenas um remanescente tem prazer nisso.

 

Dessa narrativa bíblica podemos, então, tirar algumas conclusões:

 

1.    Todas as pessoas são importantes para Jesus, e se assim é, quem somos nós para desconsiderarmos ou até mesmo desprezarmos a quem quer que seja!? Talvez o ato da pessoa seja o mais horrível que possa existir, mas a pessoa é importante prá Jesus, e nós devemos considerá-la assim também.

2.    É urgente a necessidade de resgatarmos o sentimento de gratidão. Precisamos ser gratos como foi o Samaritano curado por Jesus, e precisamos expressar de uma maneira contundente, assim como ele, essa gratidão. Não é só dizer; não é só apresentar no culto de oração como se fosse um costume, uma tradição; é preciso expressar! Expressar é muito mais que dizer.

3.    Estamos perdendo grandes bênçãos, porque estamos mais interessados em nós mesmos e nesta vida presente do que em Deus e na vida futura; estamos perdendo grandes bênçãos porque desviamos o foco de nossa atenção para nós mesmos ao invés de Cristo e Sua Vontade revelada em Sua Palavra. Aliás, nem mais nos preocupamos em estudar a Bíblia para saber qual é a vontade do Senhor, não é verdade?

 

Pr. Walmir Vigo Gonçalves

 

Muqui – Dezembro de 2012

 

Fonte de consulta extra-bíblica principal para este estudo: Apostila Escrita pelo Pr. Jackson Day: “Estudo das Principais Narrativas do Novo Testamento em Ordem Cronológica”.


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