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segunda-feira, 27 de maio de 2013

A GRANDIOSIDADE DE CRISTO – Estudo 1 de 10 em 1 João

 

A GRANDIOSIDADE DE CRISTO.

 

“1 - O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos próprios olhos, o que contemplamos e as nossas mãos apalparam, com respeito ao verbo da vida 2 – e a vida se manifestou, e nós a temos visto, e dela damos testemunho e vo-la anunciamos, a vida eterna, a qual estava com o Pai e nos foi manifestada, 3 – o que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós igualmente mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com Seu Filho Jesus Cristo. 4 – Estas cousas, pois, vos escrevemos para que a nossa alegria seja completa” I João 1:1-4

 

1.    É impressionante a quantidade de opiniões diferentes que existem acerca de Cristo.

2.    E em meio a esta enxurrada de opiniões, que começou a aparecer já no primeiro século, estão muitas que foram e são geradoras de muitas heresias que ainda hoje se têm manifestado, e, creio eu, voltarão a se manifestar mais contundentemente ainda.

3.    Na época de João existia uma corrente filosófica herética denominada gnosticismo (que ainda sobrevive e ganha nova força nos dias atuais).

4.    Dentre as muitas heresias propaladas por essa corrente filosófica, estava a negação do senhorio absoluto de Cristo, e sua redução ao que eles chamavam de “aeon”, uma emanação divina, um mediador angelical entre Deus e os homens.

5.    Cristo, para eles, era simplesmente um desses “aeons”, e, sequer era o maior; ao contrário, era um dos menores.

6.    João, assim como Pedro, escreveu para, dentre outras coisas, combater esse tipo de heresia.

7.    Com esse propósito em mente, João já inicia sua carta exaltando a Cristo, em contraste com aquilo que os gnósticos diziam a respeito dele. Assim, é que Cristo “era” desde o princípio, isto é, quando houve o princípio de tudo, Cristo já existia. Ele não foi criado e nem começou a existir em algum tempo passado.

8.    Ele é eterno. Ele é co-existente e co-extensivo com Deus. Ele é o próprio Deus.

9.    João deixa claro também que Cristo é o Despenseiro da vida, e que é o único, e não um dentre muitos, que possibilita comunhão com Deus.

10. É sobre isso que estaremos tratando hoje: A Grandiosidade de Cristo.

11. Pensemos então, em primeiro lugar, no seguinte:

 

I. Cristo não foi criado, não começou em algum ponto de tempo; ele é Eterno, Co-existente e Co-extensivo com Deus, e é o próprio Deus.

 

“O que era desde o princípio...”

 

1.    Na primeira frase que João escreve, ele deixa claro que Cristo “era” desde o princípio.

2.    Na linguagem original este verbo “era”, na forma como veio escrito, indica que no princípio da criação Cristo já estava em existência.

3.    Mas, desde quando ele estava em existência?

4.    Se eu disser assim: “Quando o homem pisou na lua pela primeira vez, eu ‘era’ uma criança de um ano”, eu vou estar dizendo que quando o homem pisou na lua pela primeira vez eu já estava em existência, e também vou estar dizendo desde quando.

5.    Agora, desde quando Jesus já estava em existência no princípio da criação?

6.    A resposta é: “Desde sempre! Desde a eternidade passada!”.

7.    Com isso quero transmitir o fato de que ele não teve começo, ele é eterno, ele é co-existente e co-extensivo com Deus porque ele é o próprio Deus manifestado na pessoa do Filho.

8.    Vejamos alguns trechos da Palavra de Deus que revelam essa verdade:

 

a.    João 1:1-3 – “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as cousas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez.”

b.    Miquéias 5:2 – “E tu, Belém Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.”

c.    Isaías 9:6 – “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.”

d.    Hebreus1:6-8 – “E, novamente, ao introduzir o Primogênito no mundo, diz: E todos os anjos de Deus o adorem. Ainda, quanto aos anjos, diz: Aquele que aos seus anjos faz ventos, e a seus ministros, labaredas de fogo; mas, acerca do Filho: O teu trono, Ó Deus, é para todo o sempre, e: Cetro de equidade é o cetro da seu reino.”

e.    Apocalipse 19:16 – “Tem no seu manto, e na sua coxa, um nome inscrito: REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES.”

 

9.    Além desses textos, outros há que o identificam como

 

a.    Criador (João 1:3),

b.    Sustentador (Colossenses 1:17),

c.    aquele que perdoa pecados (Lucas 7:48),

d.    aquele que enviaria o Espírito Santo (João 15:26), Etc. .

 

10. Também há textos que o mostram

 

a.    sendo adorado (Hebreus 1:6; Mateus 14:33; Filipenses 2:10; etc.),

b.    e em igualdade com o Pai e com o Espírito Santo (João 14:23; 10:30; Mateus 28:19; II Coríntios 13:13; etc)

 

11. Cristo não foi criado, não começou, não foi causado. Ele é o Criador, o “iniciador” de todas as coisas, a causa não causada; ele é Deus.

12. Os gnósticos podiam e podem querer ensinar diferente, mas esta é a suprema verdade, e os eleitos de Deus sempre crerão assim, porque são guiados pelo Espírito Santo de Deus.

13. Em segundo lugar:

 

II. Cristo é o Despenseiro da vida.

 

“... o que temos visto com os nossos próprios olhos, o que contemplamos e as nossas mãos apalparam, com respeito ao verbo da vida – e a vida se manifestou, e nós a temos visto, e dela damos testemunho e vo-la anunciamos, a vida eterna, a qual estava com o Pai e nos foi manifestada...”

 

1.    Essa é outra coisa importante que João diz, e que denota a grandiosidade de Cristo em contraste com a pouca importância que os gnósticos e muitos outros lhe davam e dão.

2.    Ao se referir a Cristo como vida que foi manifestada, vista e tocada, João está mostrando que ele, Cristo, é o Despenseiro, o Transmissor da vida.

3.    É Cristo quem dá a vida eterna; não temos dúvida disso, mas creio que raramente, se é que ao menos fazemos, paramos para meditar na grandiosidade desse fato.

4.    A humanidade em geral se preocupa com a vida, com o viver mais e melhor, e até com viver pra sempre. Não só os sistemas filosóficos e religiosos, mas também a ciência se preocupa com isso. Faz-se de tudo; se gasta somas incontáveis de dinheiro em pesquisas que possam levar a descobertas de meios para apenas prolongar um pouco mais a vida humana. E Jesus tem pra nós uma vida que é eterna, não só em extensão, como em modalidade também.

5.    Vejamos alguns textos:

 

a.    João 3:16 – “Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o Seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”

b.    João 3:36 – “Por isso quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho, não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.”

c.    João 4:14 - “Aquele, porém, que beber da água que eu lhe der, nunca mais terá sede, para sempre; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna.”

d.    João 10:27 e 28 – “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, eternamente, e ninguém as arrebatará da minha mão.”

e.    Tito 3:3-7 – “Pois nós também, outrora, éramos néscios, desobedientes, desgarrados, escravos de toda sorte de paixões e prazeres, vivendo em malícia e inveja, odiosos e odiando-nos uns aos outros. Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com os homens, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo Sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador, a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna.”

 

6.    É óbvio que todos terão um tipo de vida eterna, mesmo os que passam para além das portas dessa existência sem Cristo. Mas só um tipo de vida poderá ser chamado realmente de vida. O outro tipo só pode ser denominado morte.

7.    E Cristo é o despenseiro da verdadeira vida.

8.    Em terceiro lugar:

 

III. Cristo é o único que possibilita comunhão com Deus

 

“... o que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós igualmente mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com Seu Filho Jesus Cristo...”

 

1.    Os gnósticos e outros hereges ensinavam, e ensinam ser Cristo um dos mediadores, um dos menores, entre nós e Deus. Mas João, no v. 3, mostra que somente em Cristo podemos ter comunhão com a família divina, e é por isso que ele anunciava a outras pessoas as verdades que tinha visto e ouvido.

2.    “A comunhão é transmitida do Pai ao Filho, e deste para os filhos de Deus. É nessa transmissão que somos beneficiados, segundo este versículo deixa claro” (Champlin)

3.    Essa é uma das grandes verdades bíblicas ignoradas por muitos, sendo que muitos a ignoram deliberadamente.

4.    Só podemos ter comunhão com Deus mediante Cristo Jesus, e ninguém mais. Não existem co-redentores, não existem outros mediadores.

 

a.    I Timóteo 2:5 e 6 – “Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, o qual a si mesmo se deu em resgate por todos; testemunho que se deve prestar em tempos oportunos.”

b.    II Coríntios 5:19 – “...Deus estava em Cristo, reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões...”

c.    João 14:6 – “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.”

 

Concluindo

 

1.    Cristo não foi criado; não começou em algum ponto de tempo; ele é Eterno, Co-existente e Co-extensivo com Deus, e é o próprio Deus.

2.    Cristo é o Despenseiro da vida

3.    Cristo é o único que possibilita comunhão com Deus

4.    A grandiosidade de Cristo vai muito além disso que acabamos de expor. Mas estes já são motivos suficientes para nos fazer reavaliar como temos vivido a nossa vida em relação a Deus, e como tem sido a nossa dedicação a Ele e àquilo que lhe é concernente, e como temos prestado adoração a Ele.

5.    Nunca se esqueça: Cristo Jesus é Deus eterno, dono da vida a qual deu a nós, e foi ele quem nos trouxe de volta à comunhão com o Pai.

 

Pr. Walmir Vigo Gonçalves

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