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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

SERVOS BONS E FIÉIS

 

SERVOS BONS E FIÉIS

- Servos bons e fiéis são servos compromissados, que se envolvem com os “negócios do reino”, segundo a capacidade que recebeu -

 

1.    TEXTO: Mateus 25.14-30

2.    Ilustração:

 

Sword e Trowvell – Um amigo contou-me que fora visitar um farol e dissera ao faroleiro:

– O senhor não se apavora de viver aqui? E terrível este lugar para se permanecer nele!

– Não - respondeu o faroleiro Não tenho medo. Aqui nunca pensamos em nós mesmos.

– Como é isto? Nunca pensam em si mesmos?

– Nós sabemos que estamos perfeitamente seguros e cuidamos de ter as nossas lâmpadas brilhando e nossos refletores bem limpos, de modo que aqueles que se acharem em perigo, possam ser salvos.

 

3.    Isto é o que os cristãos devem fazer. Eles estão salvos numa casa construída sobre a rocha, que não poderá ser abalada pelas tempestades mais tremendas, e num espírito do mais santo altruísmo devem fazer brilhar sua luz através das trevas do pecado, a fim de que os que se acham em perigo possam alcançar as praias bonançosas de salvação.

4.    Um dos aspectos da vida do crente, sabemos, consiste de “esperar” dos céus a Jesus.

5.    Mas esperar o Senhor não significa cruzar os braços até que ele venha. Antes, cada redimido tem o dever e o privilégio de trabalhar para Ele, segundo as capacidades que recebeu.

6.    A Parábola que lemos fala sobre o envolvimento dos servos no serviço de seu senhor, enquanto aguardam o seu retorno.

7.    Tais servos, ao final, se revelam como

a.    servos bons e fiéis e

b.    servo mau e negligente.

8.    Se Jesus, o nosso Senhor, voltasse hoje e nós tivéssemos que prestar contas a ele, que tipo de servo ele poderia identificar em você?

9.    Jesus quer sua participação;

10. Jesus não requer de você mais do que a capacidade que ele lhe concedeu;

11. Você pode ser fiel ou negligente.

12. Vamos refletir sobre isso?

 

I. JESUS QUER A PARTICIPAÇÃO DE SEUS SERVOS NOS "NEGÓCIOS DO REINO"

           

1.    Pedro, no final de sua segunda carta, após discorrer sobre alguns assuntos, assim se expressa: “como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada, falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição”.

2.    Não podemos negar que nem tudo na Bíblia é perfeitamente claro para nós, mesmo para os mais experimentados na vida cristã. Entretanto, há muita coisa, a maioria delas, cuja clareza é inegável também.

3.    Dentre as coisas claríssimas está a verdade de que Jesus quer a participação de seus servos nos “negócios do Reino”.

4.    Aliás, podemos dizer que Jesus exige tal participação.

5.    E, falando de uma maneira mais pessoal, Jesus exige a sua participação, o seu envolvimento.

6.    O nosso texto inicial já deixa isso bem claro, mas você pode consultar alguns outros se quiser:

a.    Mateus 5:13-16: “Vós sois o sal da terra; e, se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta, senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas, no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus.”

 

b.    João 15.16: “Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vos conceda.”

 

c.    Efésios 4.11-14: “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente.”

 

d.    Romanos 12.6-12: “De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada: se é profecia, seja ela segundo a medida da fé; se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria. O amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem. Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros. Não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor; alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração”

 

7.    Isso não significa que Jesus dependa de nós. Se pensarmos assim, para nós ficam valendo as palavras que Jesus a alguns Saduceus em Mateus 22.29: “Errais não conhecendo as Escrituras e nem o poder de Deus”.

8.    Jesus não é dependente de você, mas ele lhe dá o privilégio de envolver-se nos “negócios do Reino”, e exige de você esse envolvimento.

9.    Entretanto,

 

II. JESUS NÃO EXIGE DE NINGUÉM MAIS DO QUE A CAPACIDADE RECEBIDA LHE PERMITE

 

1.    Do fato de o senhor da parábola ter concedido números diferentes de talentos aos servos, podemos tirar duas lições:

a.    Jesus exige de cada um segundo a capacidade que tem

                                  i.    Em outras palavras, Jesus não vai exigir de você fazer aquilo para o quê você não está apto, para o quê Ele não o capacitou,

                                ii.    mas aquilo que você é capaz de fazer ele quer que você faça,

                               iii.    e no final você vai ter que prestar contas se fez ou não.

                               iv.    Bom é o conselho de Eclesiastes 9.10: “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças...”.

                                v.    Jesus não quer que você se torne um palestrante, um pregador, se ele não lhe capacitou e nem lhe chamou para isso – o que não quer dizer que você jamais possa pregar – mas você pode anunciar a Palavra de outra forma.

                               vi.    Todos podemos fazer alguma coisa. Basta nos colocarmos à disposição do Senhor e ficarmos atentos para descobrirmos onde e como podemos servir.

b.    O valor do trabalho do cristão

                                  i.    Diante de Jesus, o valor não está em ter feito mais ou ter feito menos, por causa de maior ou menor capacidade, antes,

                                ii.    o valor se encontra na fidelidade em desempenhar segundo a capacidade recebida.

                               iii.    Não importa se você fez dois enquanto o outro fez cinco, o que importa é a fidelidade.

2.    Vejamos ainda uma terceira coisa que encontramos no texto:

 

III. SERVOS BONS E FIÉIS E “SERVOS MAUS E NEGLIGENTES”

 

3.1. Vejamos primeiro sobre os servos maus e negligentes

 

1.    Na Parábola Jesus fala sobre um servo mau e negligente.

2.    Esse não parece representar um crente autêntico.

a.    Esse servo demonstrou não conhecer seu senhor e não confiar em seu senhor.

b.    Pode ser a representação de um cristão professo, nominal, mas não um crente de verdade.

c.    E o versículo 30 deixa isso claro. Um crente de verdade jamais será lançado nas trevas exteriores.

                                  i.    Jesus disse em João 10.27-30: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará das minhas mãos. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las das mãos de meu Pai. Eu e o Pai somos um”.

3.    Entretanto, pode haver crentes de verdade que, na questão do envolvimento na obra de Deus, estejam vivendo como maus e negligentes servos.

a.    Não se envolvem com a obra de Deus com compromisso (inclusive e principalmente por meio da igreja, e, se não se envolvem por meio da igreja, através das atividades da igreja, participando dos trabalhos da igreja, etc., dificilmente se envolverão por conta própria)

b.    Alguns há que se tornam negligentes quando fazem coisas, mas pela motivação errada. Tozer escreveu um artigo intitulado “A Absoluta Importância do Motivo”, e numa parte do artigo ele diz:

 

“Como a água não pode subir mais alto do que o nível de sua fonte, assim a qualidade moral de um ato nunca pode ser mais elevada do que o motivo que o inspira. Por esta razão, nenhum ato procedente de um motivo mau pode ser bom, ainda que algum bem pareça resultar dele. Toda ação praticada por ira ou despeito, por exemplo, ver-se-á, afinal, que foi praticada em favor do inimigo e contra o reino de Deus. Infelizmente, a atividade religiosa possui tal natureza, que muito desse tipo de atividade pode ser realizado por motivos maus, como a raiva, a inveja, a ambição, a vaidade e a avareza. Toda atividade desse tipo é essencialmente má e como tal será avaliada no Julgamento. Nesta questão de motivos, como em muitas outras, os fariseus dão-nos exemplos claros. Eles continuam sendo o mais triste fracasso religioso do mundo, não por causa de erro doutrinário, nem porque eram pessoas de vida abertamente dissoluta. Todo o problema deles estava na qualidade dos seus motivos religiosos. Oravam, mas para serem ouvidos pelos homens, e, deste modo, o seu motivo arruinava as suas orações e as tornava inúteis e, realmente, más. Contribuíam para o serviço do templo, porém, às vezes, o faziam para escapar do seu dever para com os seus pais, e isto era um mal, um pecado. Os fariseus condenavam o pecado e se levantavam contra ele, quando o viam nos outros, mas o faziam motivados por sua justiça própria e por sua dureza de coração. Isso caracterizava quase tudo o que faziam. Suas atividades eram cercadas por aparência de santidade; e essas mesmas atividades, se fossem realizadas por motivos puros, seriam boas e louváveis. Toda a fraqueza dos fariseus estava na qualidade dos seus motivos.”

 

3.2. Segundo, vejamos sobre os servos bons e fiéis

 

1.    Os que receberam, respectivamente, 5 e 2 talentos, representam os servos bons e fiéis.

2.    Servos bons e fiéis são aqueles que se envolvem na obra de Deus

a.    com fidelidade,

b.    pelas motivações corretas,

c.    segundo as suas capacidades recebidas.

d.    São servos de Deus que têm um compromisso sincero, verdadeiro com Jesus e sua causa.

4.    Que tipo de servo é você?

       

CONCLUINDO

 

1.    Vimos, então:

a.    Que Jesus quer o envolvimento dos seus servos nos negócios do reino – vamos ter que prestar contas desse envolvimento ou da falta dele.

b.    Que o importante não é o quê e o quanto se fez – o que importa é a fidelidade – Se Jesus nos capacitou para nos envolvermos em tais e tais atividades, devemos nos envolver nelas com todas as nossas forças.

c.    Que há a possibilidade de nos tornarmos servos maus e negligentes, mas o ideal é que sejamos servos bons e fiéis.

2.    Quando Wilberforce se converteu, trêmulo e receoso, procurou seu amigo, o grande estadista da época, Sr. William Pitt, a quem relatou o fato. Por duas horas seu amigo esforçou-se para convencê-lo de que ocorria com ele apenas uma preocupação de visionário, de fanático, talvez inconsciente. Mas o rapaz permaneceu firme na sua conversão. Durante vinte e cinco anos havia sido um jovem entregue apenas à recreação, alegrando-se, cantando, despertando a inveja dos seus colegas pela sua jovialidade. Entretanto, a verdadeira felicidade só lhe foi manifesta ao conhecer Cristo. Agora, pois, depunha sua saúde, inteligência, eloqüência e influência aos pés de seu Senhor, declarando: "Façam os outros o que quiserem, pois eu servirei ao Senhor! ("L. L. Landrum")

3.    Que sejamos como o Sr. Wilberforce – Que deponhamos aos pés do Senhor Jesus

a.    a nossa saúde,

b.    a nossa eloqüência,

c.    a nossa inteligência,

d.    as nossas forças,

e.    enfim, que deponhamos tudo aos pés do Senhor Jesus, para que com tudo e em tudo lhe sejamos servos úteis, bons e fiéis.

 

Pr. Walmir Vigo Gonçalves

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