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quarta-feira, 5 de março de 2014

TRANSFORMADOS…


IBMuqui – RETIRO 2014

 

TEMA: TRANSFORMADOS PARA VIVER UMA NOVA VIDA EM CRISTO

 

DIVISA: E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus. (Rom. 12:2)

 

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TRANSFORMADOS EM VASO PARA HONRA

 

“ Ora, numa grande casa não somente há vasos de ouro e de prata, mas também de pau e de barro; uns para honra, outros, porém, para desonra.” (2 Timóteo 2:20 RC)

 

Vaso no dicionário:

 

01. A palavra vaso é um substantivo utilizado, dentre outras coisas, para designar tudo o que é susceptível de conter alguma coisa, podendo ser e sendo usada então de forma figurada, como será o nosso caso nesta reflexão.

 

Vaso utilizado de forma figurada na Bíblia

 

02. A Bíblia se utiliza do substantivo vaso de forma literal, mas também de forma figurada.

03. Assim é que:

a.    A mulher é o “vaso mais fraco” – 1 Pedro 3.7

b.    O povo de Israel é representado pelo vaso que se quebrou nas mãos do oleiro (Jeremias 18.6)

c.    Há pessoas que são “vaso para honra” e pessoas que são “vaso para desonra” (2 Timóteo 2.20)

 

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04. Então, você é um “vaso”; você é, figuradamente, um invólucro, um envoltório para conter algumas coisas, e é preciso que você, sendo servo de Deus, seja vaso para honra e não para desonra; um vaso que dê alegria ao coração do REI.

 

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05. Sendo assim, o que fazer para nos tornarmos esses vasos para honra?

06. É só uma coisa que precisamos fazer:

 

Entregarmos-nos inteira e maleavelmente nas mãos do Grande Oleiro – Deus.

 

 

Inteiramente

 

07. Inteiramente significa totalmente – tudo.

08. O que é “tudo” para você?

09. Talvez essa história nos ajude:

 

Um missionário pregou a uma tribo de índios na África. Na hora do apelo, sabe o que fez um indiozinho? Ele foi lá dentro em sua cabana, buscou seu arco e flecha colocou-os aos pés do missionário. O missionário, parou e disse: “Isto não serve”. Sabem o que o índio fez então? Ele voltou lá dentro e trouxe o seu cachorro – dizem que o cachorro é de grande valor para os índios – e deixou o cachorro aos pés do missionário. Novamente disse o missionário: “Isto também não serve”. Pois o índio retornou à cabana e veio trazendo de lá o seu cavalo. Pôs diante do missionário, que sacudiu a cabeça e disse: “Não serve”. Desconsolado, o indiozinho se prostrou em tristeza no chão e começou a chorar na frente do missionário, que disse: “Ah! Isto serve”.

 

10. “Tudo” não é apenas “tudo o que tenho”; “tudo” é “eu todo”.

 

Maleavelmente

 

11. E “maleavelmente”, o que significa?

12. Nos dicionários, além de outras maneiras de definir “maleável”, temos uma bem interessante, que é: “susceptível a ser estendido a martelo”.

 

13. Entregarmo-nos inteira e maleavelmente nas mãos de Deus significa, então,

 

entregar a Ele o nosso “eu todo” “amolecido”, “quebrantado”, “sujeito a ser moldado” por Ele conforme a Sua vontade Soberana.

 

14. E o que acontece com alguém que se entrega assim a Deus?

15. Na bíblia aprendemos que algumas coisas “saem” e outras “entram”.

 

O que sai (algumas coisas apenas cito aqui – talvez mais comuns – elas estão em Colossenses 3 e Gálatas 5, além de em outros textos – seria interessante lermos Colossenses 3.1-17 e Gálatas 5.17-26)

 

a.    Sai a prostituição – “porneia” – qualquer forma de pecado sexual, mas essencialmente o comércio do sexo, o "amor" que é comprado e vendido e que acaba por transformar o ser humano em um mero objeto. Esse é o sentido mais comum. Então, nossa mente logo se volta para aquelas pessoas que "se vendem", sejam estas mulheres prostitutas, de calçadas, zonas de meretrício ou garotas de programa; sejam estas homossexuais que se entregam por dinheiro ou mesmo homens que fazem programas. E isso envolve dinheiro, comércio. Entretanto, mesmo que não envolva dinheiro, a prostituição pode acontecer, e acontece quando se transa por transar – o "cara" é bonito, cheiroso... a moça ficou com "vontade"... vão pra um motel... e depois cada um pra sua casa, sua vida... nenhum compromisso entre os dois. E depois a gente ouve algo como ouvi uma vez: "Tá vendo aquela loira ali? Pois é! Eu tava de bobeira, com minha moto, ela pediu pra eu dar uma voltinha com ela e eu fui, brinquei que ia entrar no motel, ela aceitou e..."

                                  i.    Mas isso acontece com gente de igreja evangélica? Acontece! Mas não deve acontecer com quem se entrega a Jesus para por Ele ser moldado, transformado para viver uma nova vida, transformado em vaso para honra.

                                ii.    Então, xô prostituição!

b.    Sai a impureza – “akatharsia”

                                  i.    Akatharsia, palavra grega traduzida por impureza, se aplica ao mundo físico, no sentido de sujeira física e material. Também se aplica ou aplicava ao "mundo" ritual e cerimonial, indicando aquelas que impediam uma pessoa de entrar na presença de Deus quando dos rituais e cerimoniais. Uma pessoa que havia, por exemplo, pouco antes de um cerimonial, tocado em um morto, estava impura e não podia participar. E a palavra também se aplica ao "mundo" moral, e evidencia, dentre outras as impurezas sexuais, que são muitas e multiformes. 

                                ii.    Impureza é tudo aquilo adultera, corrompe, e, consequentemente, afasta... (oferecer um copo com água, mas antes de entregar adicionar alguma impureza. A pessoa não vai quere, então porque oferecer a Deus um vaso cheio de impurezas?)

                               iii.    Então, xô impurezas!

c.    Sai a vil concupiscência - Forte e continuado desejo de fazer ou de ter o que Deus não quer que façamos ou tenhamos; desejo maligno, desejo pelo que é pervertido e insensato e que leva a práticas dominadoras; as ‘paixões da mocidade’...;

                                  i.    Então, xô vil concupiscência!

d.    Sai a ira – Uma disposição iracunda como hábito;

                                  i.    É impressionante como tem gente que vive irada. Em alguns momentos, se você pergunta porque ela está irada, ela nem sabe. Virou um hábito.

                                ii.    Então, xô ira!

e.    Sai a cólera – impulso violento, explosão de ira contra o que nos ofende ou fere;

                                  i.    Xô, cólera!

f.     Sai a malícia - inclinação para o mal, intenção maldosa; desejo de prejudicar o próximo;

                                  i.    Xô malícia!

g.    Sai a maledicência - mexerico, difamação, agravo contra a reputação alheia;

                                  i.    É impressionante como a gente fica logo interessado quando alguém vem falar mal de outros; é impressionante como a gente gosta de uma fofoca.

                                ii.    Então, xô maledicência.

h.    Saem as palavras torpes – “boca suja”

                                  i.    Xô palavras torpes.

i.      Sai a lascívia – aselgeia – licenciosidade, sensualidade exagerada e desavergonhada;

                                  i.    O ser humano  tem uma inclinação lasciva. Na mulher é mais flagrante, a gente sabe porque, e, por isso, quando se fala disso pensa-se mais na mulher, mas o homem também.

                                ii.    Então, xô lascívia!

j.      Saem as inimizades (aversão, malquerença)

                                  i.    Não precisamos ficar abraçando e beijando todo mundo. Isso até seria, em alguns casos, hipocrisia. Mas não devemos ser inimigos no sentido de malquerer.

                                ii.    Então, xô inimizades!

k.    Saem a porfia, as emulações e as pelejas

                                  i.    Porfia – discussão; briga; atitude mental hostil que cria problemas os mais inesperados entre as pessoas, resultando em dissensões e divisões;

                                ii.    Emulações – o ato de estimular uns contra os outros por qualquer motivo. Além de viver brigando, discutindo, envolve outros...

                               iii.    Pelejas – facções, espírito partidário, e, naturalmente, uma forma de oposição direta à mente de Cristo. É uma das formas de manifestação do egoísmo, uma explosão egoísta que provoca contendas e divisões;

                               iv.    Então, xô todo e qualquer tipo de briga que nos divide e prejudica a unidade do Corpo.

l.      E coisas semelhantes a estas....

 

O que “entra”

 

16. Sobre o que “entra”, uma leitura dos trechos a seguir nos dá uma boa ideia:

 

a.    Entra o interesse pelas “coisas celestiais”:

 

“Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima e não nas que são da terra;  porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus.  Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então, também vós vos manifestareis com ele em glória.” (Colossenses 3:1-4 RC)

 

b.    Entram a misericórdia, a benignidade, a humildade, a longanimidade, o perdão, o amor, a edificação mútua, a boa conversação:

 

“Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade, suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos uns aos outros, se algum tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também. E, sobre tudo isto, revesti-vos de caridade, que é o vínculo da perfeição.  E a paz de Deus, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos.  A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais; cantando ao Senhor com graça em vosso coração.  E, quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.” (Colossenses 3:12-17 RC)

 

“... revesti-vos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.” (1 Pedro 5:5 RC)

 

c.    Entra o fruto do Espírito:

 

“... o fruto do Espírito é: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra essas coisas não há lei. E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.” (Gálatas 5:22-24 RC)

 

                                  i.    Entra o amor (agaph / agape) – Sobre esse tipo de amor, Barclay comenta:

 

Como devemos determinar o significado de ágape? Podemos determinar o seu significado tendo por fundamento a maneira de o próprio Jesus falar dele. A passagem básica é Mateus 5.43-48. Ali, Jesus insiste em que o amor humano deve seguir o padrão do amor de Deus. E qual é a grande característica do amor de Deus? Deus faz vir chuvas sobre justos e injustos, e faz nascer o sol sobre maus e bons. Logo, o significado de ágape é a benevolência invencível, a boa vontade que nunca é derrotada. Ágape é o espírito no coração que nunca procurará outra coisa senão o sumo bem do seu próximo. Não se importa com o tratamento que recebe do seu próximo, nem com a natureza dele; não se importa com a atitude do próximo para com ele, nunca procurará outra coisa a não ser o sumo bem do próximo, o melhor para ele.

 

O mesmo Barclay escreve sobre aquilo que ele chama de "as qualidades básicas do amor cristão". Eis um resumo:

 

(i) O amor é a atmosfera da vida cristã. O cristão, diz Paulo, deve andar em amor (Ef 5.2).

(ii) O amor é o motivo universal da vida crista: "Todos os vossos atos sejam feitos com amor", Paulo escreve aos coríntios (1 Co 16.14).

(iii) O amor é o segredo da unidade crista: Os cristãos são unidos pelo amor (CI 2.2).

(iv) O amor é o enfatizar da verdade cristã. O cristão deve necessariamente ser um amante da verdade (2 Ts 2.1 O), mas a todo tempo deve falar a verdade em amor (Ef 4.15).

(v) O amor é o controlador da liberdade cristã. A liberdade deve ser usada, não como desculpa para a licenciosidade, mas como dever de servirmos uns aos outros (Gl 5.13). Existem muitas coisas que são perfeitamente seguras para o irmão mais forte, e que poderia legitimamente ser permitida, sem dúvida alguma; mas ele abstém-se dessas coisas porque ama e recusa-se a prejudicar com o seu exemplo o irmão por quem Cristo morreu (Rm 14.15).

(vi) Este amor cristão não é nenhuma emoção fácil e sentimentalista. O amor tem os olhos abertos. A oração de Paulo pelos filipenses é no sentido de que abundem em todo o conhecimento e em toda a percepção sensível, de modo que sejam capacitados a distinguir entre as coisas que diferem entre si, escolhendo as que são certas (Fp 1.10). O amor cristão na vida é acompanhado por uma nova sensibilidade para com os sentimentos, necessidades e problemas dos outros, uma nova consciência da bondade, e um novo horror pelo pecado. Longe de ser cego, o amor cristão ensina o

homem a ver com clareza e a sentir com uma intensidade nunca antes experimentada. Da mesma maneira, o amor cristão é forte. Na correspondência de Paulo com a igreja em Corinto há dois usos muito iluminadores da palavra "amor." Em 2 Co 2.4 Paulo escreve a respeito da carta dura e severa que havia enviado à igreja em Corinto, carta esta que causara aos coríntios mágoa e dor. Mas, diz ele, aquela carta foi escrita, não para lhes causar mágoa e tristeza, mas para comprovar seu amor por eles. A sentença final da primeira carta aos coríntios é: "O meu amor seja com todos vós!" (1 Co 16.24). As cartas a Corinto estão muito longe de serem cartas sentimentais. Administram a disciplina; transmitem a repreensão; não hesitam em ameaçar com o uso da vara de correção; distribuem a correção mais severa; até mesmo exigem a exclusão do perturbador da comunhão da Igreja - contudo, são o resultado do amor. O amor no sentido neotestamentário do termo nunca comete o engano de pensar que amar é deixar uma pessoa fazer o que ela quer. O NT deixa claro que há momentos quando a ira, a disciplina, a repreensão, o castigo e a correção fazem parte do amor.

 

(vii) É fácil ver que a aquisição e a prática do amor cristão não são uma tarefa fácil. Em 1 Co 14.1, Paulo usa uma expressão muito significativa. A ARA traduz: "Segui o amor." Mas o verbo que é traduzido por seguir é diokein que significa perseguir, correr atrás. O amor cristão não é algo que Simplesmente acontece; é algo que deve ser buscado, desejado, perseguido, algo que exige a oração e a disciplina do homem para obtê-lo.

 

Qual, pois, é o significado deste agape'! A principal passagem para a interpretação do significado de agape é Mt 5.43-48. Ali, somos ordenados a amar os nossos inimigos. Por que? A fim de que sejamos como Deus. E qual é a ação típica de Deus que é citada? Deus envia Sua chuva aos justos e injustos, maus e bons. Ou seja: a natureza do homem não importa, Deus não procura outra coisa senão o sumo bem dele. Quer o homem seja santo, ou um pecador, o único desejo de Deus é o seu sumo bem. Ora, isto é agape.

 

                                ii.    Entra a longanimidade – Longanimidade é “ânimo longo”, paciência, firmeza de espírito.

 

“Longanimidade é a manifestação de paciência no momento quando muitos iriam explodir de raiva. É a atitude de aguentar pacientemente os maus tratos, sem querer vingança ou retribuição. Aqueles que vivem irritados, com sentimentos de vingança, mal-humorados, não estão sob o controle do Espírito Santo”.

 

                               iii.    Entra a benignidade – Ser benigno é ser gentil. Os crentes precisam ser gentis.

 

Uma das vantagens de se ser gentil é que nos tornamos pessoas de fácil abordagem. É muito mais fácil nos aproximarmos de uma pessoa a quem magoamos, para pedir perdão, se a mesma for uma pessoa gentil e não rude. É muito mais fácil as pessoas se aproximarem de nós, inclusive para serem perdoadas por nós, se somos gentis. Foi Martinho Lutero quem disse:

 

“Os seguidores do evangelho não devem ser inflexíveis e amargos, mas antes, gentis, suaves, corteses e de fala mansa, o que deveria encorajar outros a buscarem sua companhia... A gentileza pode dar-se bem até mesmo com pessoas ousadas e difíceis...”

 

                               iv.    Entra a bondade –  Bondade é uma qualidade daquele que faz coisas boas para os outros, naturalmente e sem interesses “por trás”.

 

O crente deve ser naturalmente bom.

O crente deve pensar sempre em fazer o bem.

A bondade deve fazer parte de seu estilo de vida.

A parábola do bom Samaritano serve de exemplo aqui... Não importa se o sujeito é meu inimigo, eu devo agir com bondade para com ele...

Às vezes se faz necessária a repreensão, uma atitude mais dura, mas até isso deve e pode ser feito com bondade; deve e pode ser feito por bondade e não por maldade.

Os motivos do crente, aquilo que o impulsiona a agir de uma determinada maneira deve ser bom, ainda que a atitude em si, a princípio não seja considerada boa por parte daquele que foi objeto dela.

 

                                v.    Entra a fidelidade – A palavra original utilizada no versículo, para este sétimo aspecto do fruto do Espírito pode ser traduzida tanto por fé quanto por fidelidade. A razão de o Espírito orientar Paulo na utilização desta palavra talvez esteja no fato de que fé, a verdadeira fé, não é uma simples crença. A crença simples é passiva, ao passo que a fé é ativa, leva a atos de fidelidade a Deus. No dizer de Edith Hamilton, “é uma visão que inevitavelmente passa à ação”. A pessoa em cuja vida o Fruto do Espírito está em pleno desenvolvimento é uma pessoa fiel. É fiel no pouco e é fiel no muito, é fiel nas pequenas e também nas grandes coisas. Coloca-se pouco em suas mãos e ele é fiel nesse pouco, coloca-se muito e ele é fiel nesse muito. É uma pessoa com quem Jesus, e, consequentemente, a igreja de Jesus pode contar, porque é alguém que cumpre com fidelidade as suas responsabilidades para a glória do Senhor. Certo pastor escreveu no editorial do boletim de sua igreja um artigo com o título “Um Crente Mais ou Menos”. No segundo parágrafo desse editorial ele escreveu:

 

“Que é um crente mais ou menos? É o membro da igreja com o qual não se pode contar, que não é de confiança. Isso porque às vezes ele está presente e às vezes não está presente. Às vezes ele contribui para a igreja e às vezes ele não contribui. Às vezes ele está entusiasmado e às vezes ele está desanimado e desinteressado. Às vezes ele faz o trabalho que se lhe entrega e às vezes ele não o faz”.

 

Não é terrível isso? Você quer ser assim? Se não, seja fiel, exercite a fidelidade. Diga ao Senhor: “Senhor, eis-me aqui, pode contar comigo!” Mas diga com sinceridade, diga apenas se estiver disposto mesmo a ser fiel em tudo.

 

                               vi.    Entra a mansidão – Quando pegamos um dicionário de sinônimos e antônimos e pesquisamos a palavra mansidão, se não fizermos um reflexão mais profunda podemos até ficar pensando que uma das características do indivíduo manso é a falta de coragem, falta de força necessária para impulsioná-lo a uma ação um pouco mais enérgica. Mas isso não é verdade, pelo menos no que respeita à mansidão bíblica, essa que é uma das características do Fruto do Espírito. Determinado comentarista define a mansidão bíblica como sendo “força sob o controle de Deus”, e diz que ela é como o fogo do fogão a gás, um fogo controlado para fins úteis. Há muito crente que é como um fogo numa floresta em época de seca. O que esse fogo faz? Ele queima tudo e estraga tudo. O crente precisa ser manso nesse sentido. Ele pode ter um temperamento extremamente forte, mas deve deixar que esse temperamento seja controlado pelo Espírito para que haja edificação e não destruição.

 

                              vii.    Entra a temperança (Domínio próprio) – Domínio próprio é o domínio de nós mesmos, o que impede que sejamos levados ao léu pelos desejos e impulsos diversos.Parece que de alguma maneira Deus dotou a todas as pessoas de uma certa dose de domínio próprio. Se assim não o fosse o mundo seria um caos infinitamente maior do que já é. Uma simples briga caseira, de irmãos que se gostam muito, talvez terminasse em morte se em algum ponto não houvesse o exercício do autodomínio.

 

Mas o crente tem que se dominar a si mesmo de uma maneira mais especial. Existem muitas coisas que são normais para o mundo, mas que não o são para nós.

 

Deus não retira de nós os nossos impulsos naturais, mas nós precisamos dominá-los. Nós é que, abaixo de Deus, precisamos ser os regentes da orquestra de nossa vida, e não os impulsos que fazem parte dela. Lembre-se disso todas as vezes que você sentir-se impulsionado a fazer algo que, racionalmente você sabe que não será muito bom. Talvez você sinta esse impulso hoje ainda, e amanhã também... várias vezes. Portanto, não se descuide na vigilância.

 

 

Concluindo:

 

17. Você quer ser transformado em um vaso para honra, um vaso que alegre o coração do Rei? Se sim,

a.    entregue a Ele o seu “eu todo” “amolecido”, “quebrantado”, “sujeito a ser moldado” por Ele conforme a Sua vontade Soberana.

18. Se você fizer isso de verdade,

a.    vão sair coisas de sua vida – aquelas coisas que Deus não quer que estejam aí.

b.    e vão entrar outras coisas – aquelas que Deus quer que estejam aí.

c.    E você será um vaso para honra.

 

“De pé” apenas pela graça,

Pr. Walmir Vigo Gonçalves

 

Muqui/Retiro – Março de 2014

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